Dicas de saúde bucal

A cárie dentária é uma doença multifatorial, infecciosa, transmissível e dieta dependente, que produz uma desmineralização (deterioração) do dente. O desenvolvimento de cárie está relacionado ao estilo de vida: o tipo de dieta, a higiene dos dentes, o consumo de flúor (presença de flúor na água e alimentos ingeridos) e o flúor no creme dental. Além desses fatores externos, é importante considerar que a hereditariedade influencia fortemente na suscetibilidade dos dentes desenvolverem cárie. Para o desenvolvimento da cárie dentária, é preciso ter placa bacteriana. Essa placa é uma película pegajosa e incolor, constituída de bactérias e açúcares que se forma sobre os dentes. Para ajudar a evitar a cárie deve-se escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia, e use o fio dental diariamente, a fim de remover a placa bacteriana entre os dentes e sob a gengiva. Além disso, é muito importante ter uma dieta balanceada. Não se esqueça de se consultar com o seu dentista regularmente. O cuidado preventivo pode evitar que a cárie e outras doenças ocorram e que problemas menores se tornem sérios.

O uso inadequado de açúcar é um dos fatores mais determinantes no desenvolvimento de cárie. O consumo de alimentos é um dos fatores determinantes da cárie dentária, enquanto uma doença multifatorial. A cariogenicidade (potencial de contribuir na formação de cárie) dos alimentos é, portanto, somente um entre vários componentes que poderão determinar a atividade de cárie de um indivíduo. A experiência de cárie dentária na dentição de leite pode ser considerada um forte preditor de cárie na dentição permanente, pois um meio bucal favorável pode influenciar o aparecimento de cárie dentária durante a erupção (nascimento) dos primeiros dentes permanentes. Uma alimentação balanceada capaz de proporcionar um adequado estado nutricional, certamente, contribui para uma desejável condição bucal do indivíduo. A cárie dentária é uma das doenças de maior incidência na infância e a alimentação pode ser vista como um fator primário de determinação da susceptibilidade para a doença. A alimentação inadequada afeta os dentes durante todas as fases de desenvolvimento dentário. Visite seu dentista regularmente.

O flúor é um mineral natural está presente no ar, no solo e nas águas. A adição de flúor às águas de abastecimento público, como estratégia de saúde pública para prevenir a cárie dentária tem sido largamente utilizado em vários países. A presença contínua, ao longo de toda a vida do indivíduo, de pequenas quantidades de flúor no meio bucal é, portanto, indispensável para que o efeito preventivo se manifeste. Diversos estudos mostram que esse uso ininterrupto do flúor permite que os dentes fiquem muito menos susceptíveis à formação das cáries. O potencial de eficácia do flúor depende da sua concentração e da periodicidade do uso. Mas é essencial existir cuidados de higiene e dieta adequados. Consulte seu dentista regularmente!

Hálito é o ar que sai dos pulmões durante a expiração. A halitose significa hálito desagradável. Existem várias causas que levam a essa alteração. A maioria está relacionada com fatores presentes na boca: > Uma higiene deficiente (escovação inadequada e falta do uso do fio dental); > Cárie e suas seqüelas; > Alterações gengivais e periodontais; > Próteses deterioradas ou mal adaptadas; > Boca seca (causada por certos medicamentos, por distúrbios e por menor produção de saliva durante o sono); > Saburra lingual (camada de restos alimentares, bactérias e células descamadas que se acumula sobre a língua dando-lhe um aspecto esbranquiçado); > Ingestão de certos alimentos como, por exemplo, alho ou cebola; > Tabaco e produtos alcoólicos; Algumas doenças como câncer, diabetes,alterações respiratória , digestiva, metabólica e emocional também podem causar halitose. Alguns cuidados são importantes na prevenção da halitose. A escovação realizada pelo menos duas vezes ao dia e o uso do fio dental são fundamentais. Limpar a língua também ajuda a diminuir o mau hálito. Uma atenção especial deve ser dada na higiene das próteses. Visite seu dentista periodicamente para fazer uma revisão e uma limpeza de seus dentes!

O tratamento endodôntico ou de canal, é indicado geralmente na presença de cáries muito profundas, na fratura do dente ou trauma, podendo ser recente ou antigo. O procedimento consiste na remoção da polpa do dente, que é um tecido mole que se encontra na sua porção mais interna. Nem sempre que um dente dói, é necessário realizar tratamento endodôntico (canal), outras situações como cárie, raiz exposta e dentes com sobrecarga mastigatória também podem. Sendo indicado o tratamento endodôntico é muito importante que seja realizado, pois pode desenvolver uma lesão na região apical (infecção na raiz e nos tecidos vizinhos), que poderá ter conseqüências mais sérias, como dor intensa, inchaço, febre e bacteriemia (bactérias na corrente sangüínea). Consulte sempre o seu dentista!

É o nome dado a uma prótese que visa restabelecer a forma e a estética do dente. São indicadas quando o comprometimento do elemento dental não permite realizar uma restauração convencional, para proteger dentes fraturados, ligar uma prótese, cobrir dentes com manchas, escurecimento ou com forma inadequada. A coroa é utilizada para cobrir inteiramente ou somente uma parte da coroa de um dente danificado. Para confeccionar uma coroa é necessário preparar o dente que irá recebê-la. É necessário reduzir o dente em seu tamanho, para que se obtenha espaço suficiente para adequar a coroa à forma e ao tamanho de um dente natural. As coroas podem ser confeccionadas em metal, resinas ou porcelanas. Durante o tempo de confecção da coroa, uma coroa provisória é colocada no local. Visite seu dentista regularmente, para exames e limpezas profissionais.

A cárie tipo mamadeira tem sido chamada por vários nomes que denominam uma doença aguda que afeta crianças em seus primeiros anos de vida. As manchas brancas decorrentes da desmineralização (deterioração) do esmalte são sinais precoces da cárie e, quando não tratadas, podem evoluir para lesões cavitadas num período de seis meses a um ano. O tempo, aliado à freqüência de utilização da mamadeira e à quantidade de açúcar do líquido, estão diretamente relacionados ao desenvolvimento da doença, pois podem afetar não somente a severidade das lesões, mas também no número de dentes envolvidos e na velocidade de progressão, já que o contato com o substrato tem um papel fundamental no desenvolvimento da doença. O ideal é realizar uma consulta com o odontopediatra durante a gestação, pois quando o bebê nascer, os pais já estarão orientados quanto aos cuidados com higiene e alimentação.

O câncer de boca ocupa uma posição de destaque entre os tumores malignos do organismo devido a sua relativa incidência e mortalidade. É mais freqüente em homens do que em mulheres e atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos de idade. A principal forma de se detectar o câncer de boca é através do auto-exame de boca. Quando qualquer alteração for encontrada, deve-se procurar o dentista que irá avaliar a necessidade da realização de uma biópsia (remoção de um pequeno fragmento para exame microscópico) para confirmação do diagnóstico. O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana. Outros sintomas são ulcerações superficiais, com menos de 2 cm de diâmetro, indolores (podendo sangrar ou não) e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de linfadenomegalia cervical (caroço no pescoço) são sinais de câncer de boca em estágio avançado. Para prevenir o câncer de boca é muito importante evitar o fumo e o álcool ,trocar próteses mal-ajustadas, realizar uma a higiene bucal adequada, ter os dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas. É importante também evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa). O câncer tem cura, se diagnosticado no início, e tratado da maneira adequada. Metade dos casos no Brasil é diagnosticada tardiamente, a melhor maneira de reverter essa situação é com a informação e o auto-exame de boca. O auto-exame é muito simples de ser realizado. Todas as regiões da boca devem ser examinas. Procure um espelho em um local bem iluminado e observe: > lábios; > língua (principalmente as bordas); > assoalho (região em baixo da língua); > gengivas; > mucosa jugal (bochecha); > palato (“céu da boca”); > tonsilas ou amígdalas.